“Das escuras cavernas submersas surgem monstruosas criaturas aquáticas! Esfomeadas por vítimas humanas!”
Com produção executiva do especialista Roger Corman, produção de seu irmão Gene Corman e direção de Bernard L. Kowaski, “O Ataque das Sanguessugas Gigantes” (Attack of the Giant Leeches / Demons of the Swamp, 1959) é mais uma daquelas tranqueiras produzidas numa época de paranóia nuclear, que motivou uma infinidade de filmes explorando os efeitos nocivos da radiação sobre animais, sendo nesse caso sanguessugas que vivem num pântano, e que se tornam monstruosas e assassinas.
Um pescador, Lem Sawyer (George Cisar), encontra uma criatura estranha nadando num pântano e descarrega seu rifle tentando matá-la. Na cidade, ninguém acredita em sua história até que ocorrem misteriosos desaparecimentos, entre lês um casal de amantes formado pela bela Liz Walker (Yvette Vickers) e Cal Moulton (Michael Emmet), apesar de o marido traído da moça, o obeso Dave Walker (Bruno VeSota), ser acusado de suas mortes. A partir daí, um guarda florestal, Steve Benton (Ken Clark), inicia uma investigação sobre o paradeiro das prováveis criaturas assassinas, percorrendo todo o pântano e explorando em cavernas submersas, contando com a ajuda de sua noiva Nan (Jan Shepard) e do pai dela, o médico Dr. Greyson (Tyler McVey), e também enfrentando a desconfiança do xerife local Kovis (Gene Roth).
O filme tem todos aqueles elementos e clichês característicos do cinema bagaceiro dos anos 50 e 60 do século passado, ou seja, o enorme título sonoro e sensacionalista (“O Ataque das Sanguessugas Gigantes”); a produção paupérrima com monstros toscos (atores vestindo fantasias de borracha, nesse caso simulando sanguessugas mutantes de tamanho descomunal); a duração curta (aqui temos apenas 62 minutos de projeção); a fotografia em preto e branco, bastante escura para esconder as falhas da produção; o roteiro superficial (de Leo Gordon, habitual colaborador da “American International Pictures”), que explora o efeito da radiação de testes nucleares com foguetes em animais na região (aqui temos um pântano contaminado que transforma simples sanguessugas em monstros gigantes e sedentos por sangue humano); personagens arquetípicos como o sempre presente homem da ciência (o médico Dr. Grayson, responsável pelas teorias que explicam a origem das criaturas), o mocinho (o guarda florestal Steve, que combate a ameaça mortal das sanguessugas), sua noiva e par romântico (Nancy, filha do Dr. Grayson), o xerife (Kovis, bonachão e caipira), que obviamente é descrente sobre qualquer explicação fora do normal para a causa das mortes misteriosas na região; e o tradicional desfecho previsível onde sempre sabemos com muita antecedência o destino das criaturas assassinas, quem serão as vítimas e quem serão os heróis responsáveis pela eliminação da ameaça.
Mas, são justamente todos esses clichês absurdos que fazem desses filmes bagaceiros uma diversão impagável, comprovando o motivo de serem cultuados por uma legião de admiradores do cinema “trash” ao longo dos tempos. O segredo para embarcar nessas histórias absurdas com monstros ridículos é apenas relaxar e divertir-se. E é curioso notar como essa fórmula é utilizada até os dias atuais em inúmeras tranqueiras produzidas em pleno início de século 21, nos filmes abordando a temática de animais mutantes que ameaçam a humanidade, com poucas diferenças em relação ao que se fazia em meados do século anterior.
“O Ataque das Sanguessugas Gigantes” foi lançado em DVD no Brasil pela “Fantasy Music” em Setembro de 2006, na coleção “Sessão da Meia-Noite”, trazendo no mesmo DVD outro filme igualmente tosco, “A Mulher Vespa” (The Wasp Woman, 1960), com direção e produção do cultuado “Rei dos Filmes B” Roger Corman e elenco liderado por Susan Cabot, Anthony Eisley (creditado como Fred Eisley) e Barboura Morris.
Com produção executiva do especialista Roger Corman, produção de seu irmão Gene Corman e direção de Bernard L. Kowaski, “O Ataque das Sanguessugas Gigantes” (Attack of the Giant Leeches / Demons of the Swamp, 1959) é mais uma daquelas tranqueiras produzidas numa época de paranóia nuclear, que motivou uma infinidade de filmes explorando os efeitos nocivos da radiação sobre animais, sendo nesse caso sanguessugas que vivem num pântano, e que se tornam monstruosas e assassinas.
Um pescador, Lem Sawyer (George Cisar), encontra uma criatura estranha nadando num pântano e descarrega seu rifle tentando matá-la. Na cidade, ninguém acredita em sua história até que ocorrem misteriosos desaparecimentos, entre lês um casal de amantes formado pela bela Liz Walker (Yvette Vickers) e Cal Moulton (Michael Emmet), apesar de o marido traído da moça, o obeso Dave Walker (Bruno VeSota), ser acusado de suas mortes. A partir daí, um guarda florestal, Steve Benton (Ken Clark), inicia uma investigação sobre o paradeiro das prováveis criaturas assassinas, percorrendo todo o pântano e explorando em cavernas submersas, contando com a ajuda de sua noiva Nan (Jan Shepard) e do pai dela, o médico Dr. Greyson (Tyler McVey), e também enfrentando a desconfiança do xerife local Kovis (Gene Roth).
O filme tem todos aqueles elementos e clichês característicos do cinema bagaceiro dos anos 50 e 60 do século passado, ou seja, o enorme título sonoro e sensacionalista (“O Ataque das Sanguessugas Gigantes”); a produção paupérrima com monstros toscos (atores vestindo fantasias de borracha, nesse caso simulando sanguessugas mutantes de tamanho descomunal); a duração curta (aqui temos apenas 62 minutos de projeção); a fotografia em preto e branco, bastante escura para esconder as falhas da produção; o roteiro superficial (de Leo Gordon, habitual colaborador da “American International Pictures”), que explora o efeito da radiação de testes nucleares com foguetes em animais na região (aqui temos um pântano contaminado que transforma simples sanguessugas em monstros gigantes e sedentos por sangue humano); personagens arquetípicos como o sempre presente homem da ciência (o médico Dr. Grayson, responsável pelas teorias que explicam a origem das criaturas), o mocinho (o guarda florestal Steve, que combate a ameaça mortal das sanguessugas), sua noiva e par romântico (Nancy, filha do Dr. Grayson), o xerife (Kovis, bonachão e caipira), que obviamente é descrente sobre qualquer explicação fora do normal para a causa das mortes misteriosas na região; e o tradicional desfecho previsível onde sempre sabemos com muita antecedência o destino das criaturas assassinas, quem serão as vítimas e quem serão os heróis responsáveis pela eliminação da ameaça.
Mas, são justamente todos esses clichês absurdos que fazem desses filmes bagaceiros uma diversão impagável, comprovando o motivo de serem cultuados por uma legião de admiradores do cinema “trash” ao longo dos tempos. O segredo para embarcar nessas histórias absurdas com monstros ridículos é apenas relaxar e divertir-se. E é curioso notar como essa fórmula é utilizada até os dias atuais em inúmeras tranqueiras produzidas em pleno início de século 21, nos filmes abordando a temática de animais mutantes que ameaçam a humanidade, com poucas diferenças em relação ao que se fazia em meados do século anterior.
“O Ataque das Sanguessugas Gigantes” foi lançado em DVD no Brasil pela “Fantasy Music” em Setembro de 2006, na coleção “Sessão da Meia-Noite”, trazendo no mesmo DVD outro filme igualmente tosco, “A Mulher Vespa” (The Wasp Woman, 1960), com direção e produção do cultuado “Rei dos Filmes B” Roger Corman e elenco liderado por Susan Cabot, Anthony Eisley (creditado como Fred Eisley) e Barboura Morris.