“RoboCop” (2014): Tiroteios e críticas sociais


* RoboCop (RoboCop, EUA, 2014) – Refilmagem de “Robocop, o Policial do Futuro” (1987), do cineasta holandês Paul Verhoeven e com Peter Weller, que deu origem a outras duas continuações em 1990 e 1993. Com estreia nos cinemas em 21/02/14 e direção do brasileiro José Padilha (de “Tropa de Elite” 1 e 2), o novo “RoboCop” traz o ator Joel Kinnaman no papel do policial Alex Murphy, casado com a bela Clara (Abbie Cornish) e pai do garoto David (John Paul Ruttan). Com história ambientada em 2028, ele e seu parceiro Jack Lewis (Michael K. Williams) estão investigando as ações de um criminoso poderoso, e como retaliação o policial Murphy sofre um atentado com a explosão de seu carro, que o deixa quase morto. Para salvar a sua vida, ele é escolhido para se transformar num misto de homem e robô, e tornar-se um “policial do futuro”, extremamente eficiente no combate ao crime, sob a supervisão científica do Dr. Dennett Norton (Gary Oldman), cujo trabalho é financiado pelo empresário Raymond Sellars (Michael Keaton), proprietário da mega corporação “OmniCorp”, líder em robótica. Sem fazer comparações com o original, o novo “RoboCop” é até bem divertido, carregado de cenas tensas de ação e tiroteios (apesar do uso exagerado e artificial da computação gráfica). E o filme tem também uma significativa dose de pertinentes críticas sociais, abordando diversos temas presentes em nossos conturbados tempos modernos. O trabalho escravo na China, a manipulação da mídia sensacionalista com programas tendenciosos (e aqui o grande ator Samuel L. Jackson interpreta um popular apresentador de TV), além da corrupção policial, o marketing político das grandes empresas, o uso irresponsável da ciência (com o “cientista louco” perdido com as consequências de sua criação), e o conhecido imperialismo americano ao redor do mundo, com a sempre constante intervenção militar em países envolvidos em conflitos. (RR – 03/03/14)