“Hércules” e “Pompeia”: o primeiro é dispensável e o segundo até diverte


* Hércules (Hercules, EUA, 2014) – Lançado nos cinemas em 07/02, com a opção de exibição em 3D, “Hércules” faz parte da onda de filmes épicos com elementos de fantasia que estão sendo lançados nas telonas em 2014, junto com “Pompeia”, “Noé” e “300: A Ascenção do Império”, além de outro filme sobre o mesmo herói mitológico grego “Hércules”, só que com o ator Dwayne Johnson. Na história, Hércules (Kellan Lutz) é um semideus, filho de Zeus, que é traído por seu padastro, o tirano Rei Anphitryon (Scott Adkins) e pelo irmão mais velho Iphicles (Liam Garrigan), e enviado para uma batalha onde morreria numa emboscada, por causa de seu amor proibido pela princesa Hebe (Gaia Weiss). Mas ele sobrevive e retorna para liderar uma revolta contra a tirania do rei, utilizando uma força descomunal recebida por seu pai Zeus. Bobagem colossal onde o pano de fundo é uma trivial história de amor entre Hércules e Hebe, ficando todo o resto em um plano secundário. Tem algumas cenas de lutas individuais e confrontos de batalhas, mas sem sangue e violência, e talvez as únicas poucas coisas que se salvam são imagens em CGI das imponentes cidades daquela época vistas pelo alto e da imensa arena de lutas. Fora isso, é totalmente dispensável. (RR – 23/02/14)


* Pompeia (Pompeii, EUA / Alemanha / Canadá, 2014) – Dirigido pelo inglês Paul W. S. Anderson, o mesmo cineasta de duas divertidas produções de Ficção Científica da década de 90 do século passado, “O Enigma do Horizonte” (97) e “O Soldado do Futuro” (98), “Pompeia” estreou nas telonas em 21/02/14, com a opção de exibição em 3D. Na história, ambientada no ano 79 D.C., um escravo celta, Milo (Kit Harington), é obrigado a tornar-se um gladiador, e é enviado até a cidade italiana de Pompeia para participar de um torneio com lutas mortais. Lá, ele se apaixona pela bela filha de um rico mercador local, Cassia (Emily Browning), e faz amizade com um gladiador negro, Atticus (Adewale Akinnuoye-Agbaje), conhecido por suas vitórias na arena. Porém, os problemas do jovem lutador aumentam com a chegada de um corrupto e tirano senador romano, Corvus (Kiefer Sutherland), que está interessado em casar-se com Cassia, em meio à revolta da natureza com a erupção de um imponente vulcão ao lado da cidade, destruindo tudo ao redor. O roteiro é baseado em clichês exaustivos dos filmes sobre catástrofes naturais, priorizando aqui um romance extremamente improvável entre um escravo gladiador e uma moça rica. Em meio à luta por liberdade contra a tirania de Roma, responsável pelo assassinato da família de Milo, e a tentativa de fuga da morte certa pela explosão de fúria do vulcão Vesuvio, que aniquilou Pompeia transformando seus habitantes em pedra. Existem boas cenas de lutas sangrentas, evidenciando a selvageria da humanidade em patrocinar esportes com a morte violenta dos derrotados, e principalmente não faltam momentos tensos com a destruição de Pompeia pela ação de terremotos, chuva de imensas pedras incendiárias e um tsunami avassalador, garantindo a diversão. (RR – 24/02/14)