“O Herdeiro do Diabo” (2014): Satanismo, found footage e clichês


* Herdeiro do Diabo, O (Devil´s Due, EUA, 2014) – Chegou aos cinemas brasileiros em 24/01/14 mais um filme sobre o sub-gênero do Horror com roteiro explorando satanismo, e com filmagens parciais no estilo “found footage”. Trata-se de “O Herdeiro do Diabo”, que mostra um jovem casal americano em lua de mel, formado por Zach McCall (Zach Gilford) e Samantha (Allison Miller), que depois de participar de uma festa na República Domenicana, retorna para casa e é surpreendido pela notícia que a moça está grávida. Porém, com o passar dos meses de gestação, ela demonstra progressivamente sinais anormais de descontrole com comportamento estranho e agressivo. Resumindo em poucas palavras, o filme é apenas mediano, apresentando um conteúdo que pode ser classificado como “mais do mesmo”, ou seja, novamente o estilo “found footage” com imagens tremidas numa história sobre a vinda do anticristo para nosso mundo. Curiosamente, teve um grande trabalho de marketing para o lançamento, incluindo até um bebê demoníaco andando num carrinho pelas ruas dos Estados Unidos assustando as pessoas. “O Herdeiro do Diabo” é o tipo de filme que até tenta aproximar sua história de uma possível realidade em nosso cotidiano, mas não conseguiu evitar certo exagero na fantasia no desfecho, bem previsível por sinal, já tornando-se um tipo de clichê, com o “mal espalhando-se pelo planeta”. (RR – 25/01/14)

Confiram o interessante curta metragem canadense “The Little Mermaid” (2011)


http://vimeo.com/55983923

“A Maldição de Chucky” (2013): A retomada do horror sério na cultuada franquia do brinquedo assassino


* Maldição de Chucky, A (Curse of Chucky, EUA, 2013) – Sexto filme da cultuada franquia do boneco assassino Chucky, criado em 1988 pelo roteirista Don Mancini no filme “Brinquedo Assassino” (Child´s Play), dirigido por Tom Holland. Depois vieram sequências em 1990 e 1991, além de “A Noiva de Chucky” em 1998 e “O Filho de Chucky” em 2004. Com direção do criador dos personagens originais Don Mancini, a história mostra uma garota nascida paraplégica, Nica (Fiona Dourif, filha de Brad Dourif, a voz de Chucky em todos os filmes), que precisa enfrentar a perda numa morte violenta e misteriosa da mãe Sarah (Chantal Quesnelle). Ela recebe pelo correio um pacote com o boneco Chucky, sem informações do remetente, e decide ficar com o brinquedo para presentear a sobrinha pequena Alice (Summer Howell), que vem para sua enorme casa junto com familiares, os pais em crise de casamento Barb (Danielle Bisutti) e Ian (Brennan Elliot), além da babá Jill (Maitland McConnell). Só que Chucky não veio para confortar a família, mas sim para colocar em prática um sangrento plano de vingança aguardado por muitos anos. O primeiro filme da série é realmente bem interessante, apresentando o boneco Chucky, que hospeda a alma de um criminoso morto em fuga da polícia, e que conseguiu a façanha num ritual de magia negra. E o estilo de horror sério se manteve nos dois filmes seguintes, apesar de repetitivos e repletos de clichês, perndendo depois para a comédia nos últimos episódios. Felizmente, em “A Maldição de Chucky”, houve a decisão acertada de retomar a atmosfera sinistra com um horror mais sério, explorando o ambiente claustrofóbico de uma casa enorme e a deficiência da protagonista numa cadeira de rodas, para tentar lutar por sua vida contra a vingança do boneco assassino. Tem poucas mortes, mas todas violentas e bem produzidas, e uma importante conexão com a origem de tudo, lá no final dos anos 80 do século passado. Além também de várias homenagens bem vindas, como a presença rápida de Jennifer Tilly no desfecho e uma interessante cena após os créditos finais com o ator Alex Vincent (que fez o garoto Andy Barclay nos primeiros filmes). É difícil manter a qualidade numa série com tantos filmes, mesmo com Chucky sendo uma grande atração e tendo uma legião fiel de fãs, e de forma surpreendente, principalmente depois do pastelão dos últimos dois filmes, esse sexto exemplar da franquia superou as espectativas, agregando um valor inquestionável para o universo ficcional do “brinquedo assassino”. (RR – 27/01/14)

Está disponível digitalizado em PDF o número 38 (Dezembro de 1995) do lendário fanzine de Ficção Científica & Horror “Megalon”


O fanzine “Megalon” foi editado por Marcello Simão Branco entre 1988 e 2004, num total de 71 edições.
Continuando o esforço do Marcello em resgatar em arquivos PDF as lendárias edições do “Megalon”, informo aos interessados em adquirir mais esta relíquia, que baixe através dos links:

Mais informações: http://www.mensagensdohiperespaco.blogspot.com.br/2014/01/megalon-38.html

Está disponível a edição virtual e gratuita do fanzine “Juvenatrix” número 155


Para solicitar sua cópia em formato PDF, envie um e-mail para: renatorosatti@yahoo.com.br ou renatorosatti@terra.com.br

Conteúdo:
“Juvenatrix” número 155 (Janeiro de 2014), 22 páginas.
Capa: ilustração de Cadáver Cruz.
Contra capa: ilustração de Erik Muller Thurm.
Metal: “Satyricon” (Noruega).
Divulgação e notícias.
Conto de Michael Kiss.
Comentários de 18 filmes por RR:
A Serbian Film – Terror Sem Limites (2010), Avenida do Terror, 388 (2011), Deus Irae (2010), O Dia da Besta (1995), Dredd (2012), Ender´s Game – O Jogo do Exterminador (2013), Enigmas de um Crime (2008), Halo 4: Em Direção ao Amanhecer (2012), A Mansão da Meia-Noite (1983), Mistério no Lago (2005), O Mundo Perdido (1960), Quando os Dinossauros Dominavam a Terra (1970), Rasputin: O Monge Louco (1966), Reveillon Maldito (1980), O Segredo do Lago Ness (2008), Sobrenatural (2010), Sobrenatural: Capítulo 2 (2013), As Torturas do Dr. Diabolo (1967).