“Uma Noite no Museu”, filme com elementos de humor e fantasia, chega aos cinemas brasileiros


Em 05/01/07 ocorreu a pré-estréia nos cinemas de “Uma Noite no Museu” (Night at the Museum, 2006), comédia com elementos de fantasia, estrelada por Ben Stiller e Robin Williams, e com estréia oficial prevista para 12/01. Trata-se de um típico “filme pipoca”, daqueles que são produzidos de forma totalmente despretensiosa com o único objetivo de entretenimento para todas as idades, sem a preocupação com um roteiro mais coerente, com explicações mais plausíveis, nem evitar a ocorrência de furos e situações exageradas demais. A idéia é apenas divertir com bastante humor e efeitos especiais.
Na história, Larry Daley (o comediante Ben Stiller), é um homem divorciado que tem um filho de 10 anos de idade, Nick (Jake Cherry), e que não consegue manter uma vida estável, mudando sempre de casa e emprego, decepcionando o filho e transmitindo insegurança para a ex-esposa, Erica (Kim Raver). Bastante pressionado e ao tentar uma reviravolta, ele aceita um emprego no “Museu de História Natural” de New York como vigia noturno, onde conhece a guia Rebecca (Carla Gugino), que ensina-lhe algumas coisas sobre as figuras expostas.
Porém, Larry não imaginava que já há 54 anos, depois da chegada ao museu de uma placa egípcia com poderes mágicos, que pertencia ao faraó Ahkmenrah (Rami Malek), todas as coisas ganham vida à noite (como sugere uma das taglines), fazendo com que as estátuas de cera de personalidades importantes como o Presidente americano Theodore Roosevelt (Robin Williams), a índia guia Sacajawea (Mizuo Peck), Cristóvão Colombo (Pierfrancesco Favino), o huno tirano Attila (Patrick Gallagher), homens de Neanderthal, soldados da guerra civil americana, miniaturas de maias, romanos (chefiados por Octavius / Steve Coogan) e pioneiros do velho oeste americano (liderados por Jedadiah / Owen Wilson), além de animais como leões, macacos, zebras, elefantes e até a ossada de um tiranossauro, andassem normalmente entre os corredores do museu.
O grande desafio de Larry como o novo guarda noturno passa a ser justamente manter as coisas em ordem, evitar que nenhuma figura de exposição saia do museu (pois com a chegada do dia seguinte e de acordo com as regras da placa mágica, seria transformado em pó), e principalmente tentar restabelecer a ordem depois do caos gerado pelos três antigos e idosos vigias noturnos, Cecil (Dick Van Dyke), Gus (Mickey Rooney) e Reginald (Bill Cobbs), que após serem demitidos de seus cargos, roubaram a placa e outros objetos valiosos do museu, para garantir uma aposentadoria mais tranqüila financeiramente.
Como mencionado no início dessa breve resenha, “Uma Noite no Museu” é um filme exclusivamente voltado para entreter o público com bastante humor, ação, aventura, bons efeitos especiais, numa história simples e despretensiosa, convidando o espectador a relaxar e entrar no clima de brincadeira por pouco mais de uma hora e meia de projeção. Nesse quesito, o filme atinge seu objetivo de divertir, pois não é cansativo, e ao contrário, possui um ritmo intenso que mantém a atenção o tempo todo. Para isso, basta não se importar com o roteiro superficial, as situações previsíveis e os vários furos (como por exemplo o fato de um homem das cavernas ter escapado do museu e virado pó ao nascer o dia seguinte, e sua falta não ser notada; ou a engraçada, porém totalmente inverossímil, cena de tentativa de entendimento entre Larry e os violentos hunos, onde em determinado momento a diferença de idiomas não tinha a menor importância; ou quando várias figuras expostas escaparam do museu, principalmente animais selvagens, não tendo quase nenhum efeito sobre o mundo externo, facilitando o trabalho do roteirista nos possíveis problemas causados pela fuga).