Divulgação de evento: “Clássicos & Raros do Nosso Cinema – 3ª Edição”, de 08/06 a 07/07/13 em São Paulo/SP


CLÁSSICOS E RARIDADES DO CINEMA BRASILEIRO RESTAURADOS E EM CÓPIA NOVA

Realizada pela Cinemateca, a terceira edição da mostra Clássicos & Raros do nosso cinema exibe obras consagradas e produções obscuras do cinema brasileiro em versões restauradas e em cópias novas. Projeções são acompanhadas de debate com cineastas. Dentre as atrações programadas, o documentário Conversas no Maranhão, de Andrea Tonacci, o policial Mulheres e milhões, de Jorge Ileli, Engraçadinha depois dos trinta, de J. B. Tanko, adaptação do folhetim de Nelson Rodrigues e, ainda, produções de Carlos Reichenbach, Carlos Coimbra, Glauber Rocha e Eduardo Coutinho. A entrada é gratuita.

CLÁSSICOS & RAROS DO NOSSO CINEMA – 3ª EDIÇÃO
08 de junho a 07 de julho
ENTRADA FRANCA

A Cinemateca Brasileira apresenta, entre os dias 08 de junho e 07 de julho, a terceira edição da mostra Clássicos & raros do nosso cinema. Uma das principais iniciativas de difusão e preservação do cinema brasileiro organizadas pela instituição, a mostra exibe uma seleção de obras consagradas e produções obscuras do cinema brasileiro, em versões restauradas e cópias novas.

A mostra Clássicos & raros do nosso cinema se tornou um projeto exemplar para o trabalho desenvolvido pela Cinemateca. Além de optar por um critério de curadoria abrangente, que considera a história do cinema brasileiro como espaço de manifestações variadas, o evento também se diferencia por ações de preservação como a confecção de novas matrizes para a maior parte dos títulos selecionados. Tudo isso aliado à discussão sobre o fazer cinematográfico.

Dentre as várias atrações programadas para a terceira edição da retrospectiva, destacam-se a homenagem ao fotógrafo e diretor Aloysio Raulino, que terá três de seus curtas apresentados em versão restaurada; a exibição do raríssimo curta-metragem de Rogério Sganzerla, Quadrinhos no Brasil; e a apresentação de clássicos como O dragão da maldade contra o santo guerreiro, de Glauber Rocha, A morte comanda o cangaço, de Carlos Coimbra, e Conversas no Maranhão, de Andrea Tonacci. Quanto às raridades há muito fora das telas, destacam-se Katucha... a mulher desejada, de Paulo R. Machado,Mulheres e milhões, e Jorge Ileli, Engraçadinha depois dos trinta, de J. B. Tanko, e Mundo estranho, de Francisco Eichorn.

Os artistas Aurora Duarte, Paulo Sacramento, Andrea Tonacci, Maurice Capovilla e João Silvério Trevisan compõem o elenco de convidados que irão conversar com o público sempre aos sábados.

Serviço:
CLÁSSICOS & RAROS DO NOSSO CINEMA – 3ª EDIÇÃO
08 de junho a 07 de julho
ENTRADA FRANCA

CINEMATECA BRASILEIRA
Largo Senador Raul Cardoso, 207
próxima ao Metrô Vila Mariana
Outras informações: (11) 3512-6111 (ramal 215)
ENTRADA FRANCA

PROGRAMAÇÃO

08.06 | SÁBADO
SALA CINEMATECA BNDES
18h00 ABERTURA | APRESENTAÇÃO DE AURORA DUARTE | A MORTE COMANDA O CANGAÇO

09.06 | DOMINGO
SALA CINEMATECA PETROBRAS
16h00 MUNDO ESTRANHO
18h00 MULHERES E MILHÕES
20h00 QUADRINHOS NO BRASIL | EXORCISMO NEGRO

12.06 | QUARTA
SALA CINEMATECA PETROBRAS
19h00 KATUCHA... A MULHER DESEJADA
21h00 ANJO LOIRO

13.06 | QUINTA
SALA CINEMATECA PETROBRAS
18h30 CIDADE AMEAÇADA (A CONFIRMAR)
20h30 O REI DA BOCA

14.06 | SEXTA
SALA CINEMATECA BNDES
18h30 AS AMOROSAS

15.06 | SÁBADO
SALA CINEMATECA BNDES
16h00 IRACEMA, UMA TRANSA AMAZÔNICA
18h00 CURTAS RESTAURADOS DE ALOYSIO RAULINO | ENCONTRO COM PAULO SACRAMENTO

16.06 | DOMINGO
SALA CINEMATECA BNDES
16h00 O DRAGÃO DA MALDADE CONTRA O SANTO GUERREIRO
18h00 O TIGRE E A GAZELA | ORGIA OU O HOMEM QUE DEU CRIA
20h00 QUADRINHOS NO BRASIL | CORRIDA EM BUSCA DO AMOR

19.06 | QUARTA
SALA CINEMATECA BNDES
19h00 MULHERES E MILHÕES
21h00 ENGRAÇADINHA DEPOIS DOS TRINTA

20.06 | QUINTA
SALA CINEMATECA BNDES
19h00 O DRAGÃO DA MALDADE CONTRA O SANTO GUERREIRO
21h00 A MORTE COMANDA O CANGAÇO

21.06 | SEXTA
SALA CINEMATECA BNDES
18h30 ADULTÉRIO À BRASILEIRA

22.06 | SÁBADO
SALA CINEMATECA BNDES
15h30 CABRA MARCADO PARA MORRER
18h00 CONVERSAS NO MARANHÃO | ENCONTRO COM ANDREA TONACCI

23.06 | DOMINGO
SALA CINEMATECA BNDES
16h00 COLAR DE CORAL
18h00 O REI DA BOCA
20h30 CIDADE AMEAÇADA (A CONFIRMAR)

26.06 | QUARTA
SALA CINEMATECA BNDES
19h00 EXORCISMO NEGRO
21h00 QUADRINHOS NO BRASIL | MUNDO ESTRANHO

27.06 | QUINTA
SALA CINEMATECA BNDES
19h00 LACRIMOSA | IRACEMA, UMA TRANSA AMAZÔNICA
21h00 PORTO DE SANTOS | KATUCHA... A MULHER DESEJADA

28.06 | SEXTA
SALA CINEMATECA BNDES
18h00 CABRA MARCADO PARA MORRER

29.06 | SÁBADO
SALA CINEMATECA BNDES
16h00 AS AMOROSAS
18h00 BEBEL, GAROTA PROPAGANDA | ENCONTRO COM MAURICE CAPOVILLA

30.06 | DOMINGO
SALA CINEMATECA BNDES
16h00 ADULTÉRIO À BRASILEIRA
18h00 KATUCHA... A MULHER DESEJADA
20h00 ANJO LOIRO

03.07 | QUARTA
SALA CINEMATECA PETROBRAS
19h00 CORRIDA EM BUSCA DO AMOR
21h00 CONVERSAS NO MARANHÃO

04.07 | QUINTA
SALA CINEMATECA PETROBRAS
19h00 COLAR DE CORAL
21h00 BEBEL, GAROTA PROPAGANDA

05.07 | SEXTA
SALA CINEMATECA BNDES
19h00 A MORTE COMANDA O CANGAÇO
21h00 MULHERES E MILHÕES

06.07 | SÁBADO
SALA CINEMATECA BNDES
16h00 MUNDO ESTRANHO
18h00 CONTESTAÇÃO | ORGIA OU O HOMEM QUE DEU CRIA | ENCONTRO COM JOÃO SILVÉRIO TREVISAN

07.07 | DOMINGO
SALA CINEMATECA BNDES
16h00 COLAR DE CORAL
18h00 ENGRAÇADINHA DEPOIS DOS TRINTA
20h00 CONVERSAS NO MARANHÃO

FICHAS TÉCNICAS E SINOPSES

ADULTÉRIO À BRASILEIRA
de Pedro Carlos Rovai
São Paulo, 1969, 35mm, pb, 90' | Exibição em HDCAM
Sérgio Hingst, Luci Rangel, Marisa Urban, Newton Prado, Jacqueline Myrna
Comédia erótica em três episódios. Em O telhado, um operário desconfia que sua mulher o trai com um motorista de caminhão. Certo dia, ele decide espioná-la. Em A assinatura, marido interesseiro tenta convencer a esposa a assinar um contrato comercial. Ela, no entanto, exige maior porcentagem nos negócios. Em A receita, um funcionário público machista e cafajeste tira onda com os amigos de suas conquistas amorosas e despreza a mulher. Enquanto isto, ela é cortejada por um estudante. Sucesso de bilheteria no ano de seu lançamento, Adultério à brasileira entrou para a história do cinema brasileiro como um dos filmes inaugurais do mais rentável gênero cinematográfico da década de 1970 – a comédia erótica – popularmente conhecida como “pornochanchada”. Aqui, o realizador satiriza proletariado, classe média e burguesia, colocando em primeiro plano os hábitos adúlteros de suas personagens. Produtor, diretor e roteirista, Rovai também dirigiu outros clássicos do gênero, como A viúva virgem (1972) e Ainda agarro esta vizinha (1974), filmes nos quais sexo, sátira de costumes e política se misturam. Fotografia de Hélio Silva. Montagem de Glauco Mirko Laurelli e Sylvio Renoldi. Restaurado pelo Programa de Restauro Cinemateca Brasileira – Petrobras 2009.
Não indicado para menores de 16 anos
sex 21.06 18h30 | dom 30.06 16h00

AS AMOROSAS
de Walter Hugo Khouri
São Paulo, 1968, 35mm, pb, 104'
Paulo José, Jacqueline Myrna, Lilian Lemmertz, Anecy Rocha, Os Mutantes
Desempregado, jovem estudante não consegue se adequar à rotina das redações de jornal. Vivendo à deriva, ele despreza o mundo do trabalho e se dedica a conquistar mulheres, seguindo de caso em caso, entre a boemia, a escrita e as aflições existenciais. Dentre as moças que cruzam seu caminho, destacam-se uma atriz de televisão arrivista e uma estudante engajada. Uma das obras-primas da filmografia de Khouri, As amorosas se insere dentro dos debates que movimentam a classe artística brasileira no final dos anos 1960, tempos de ditadura militar e de massificação da cultura. Nesse sentido, dialoga com produções marcantes da época, como O desafio (1965), de Paulo César Saraceni, Terra em transe (1967), de Glauber Rocha, e O bravo guerreiro (1969), de Gustavo Dahl, que se debruçaram sobre os dilemas da intelectualidade depois do golpe de 1964. Reunindo um elenco de peso, o filme ainda exibe imagens antológicas de uma performance dos Mutantes. A fotografia é assinada pelo mestre Pio Zamuner e a trilha musical pelo maestro Rogério Duprat, um dos ideólogos da Tropicália. Destaque para o refinado trabalho plástico executado pelo animador Roberto Miller nos créditos iniciais da fita. Exibição em nova cópia 35mm.
Não indicado para menores de 14 anos
sex 14.06 18h30 | sáb 29.06 16h00

ANJO LOIRO
de Alfredo Sternheim
São Paulo, 1973, 35mm, cor, 103’
Mário Benvenutti, Vera Fischer, Célia Helena, Ewerton de Castro, Liana Duval
Professor de colégio assedia uma bela moça para que ela largue o namorado, melhor aluno da classe, sob o argumento de que ela o prejudicará em seus estudos. A partir de então, eles se tornam amantes. Porém, as repetidas infidelidades da jovem levam-no ao mais profundo desespero. Anjo loiro foi lançado num momento em que a produção cinematográfica da Boca do Lixo conquistava regularidade. Optando por uma linguagem sem excessos, o filme obtinha boa repercussão de público até ter sua carreira comercial interrompida pela censura. Inspirado no clássico de Joseph von Sternberg, O anjo azul, protagonizado pela diva Marlene Dietrich, Anjo loiro foi estrelado por Vera Fischer, que chegava na época ao ápice de sua carreira como atriz de cinema. Exibição em nova cópia 35mm.
Não indicado para menores de 16 anos
qua 12.06 21h00 | dom 30.06 20h00

BEBEL, GAROTA PROPAGANDA
de Maurice Capovilla
São Paulo, 1967, 35mm, pb, 103’
Rossana Ghessa, John Herbert, Paulo José, Geraldo d'el Rey, Maurício do Valle
Moça de origem pobre é contratada como modelo de anúncio de sabonete. Passa a alimentar sonhos de fortuna, porém, será rapidamente encoberta pela próxima atração. Em sua fracassada odisseia rumo ao estrelato, ela se relacionará com toda sorte de escroques – de um jornalista inescrupuloso a um produtor de televisão que age como cáften. A partir da trajetória da protagonista, Bebel, garota propaganda examina as diabólicas engrenagens da indústria cultural, lugar de banalização do corpo feminino. Primeiro longa-metragem de Maurice Capovilla, o filme se debruça sobre um tema urgente para artistas e intelectuais da época, a massificação da cultura. Seu roteiro foi escrito a partir dos originais do romance Bebel que a cidade comeu, do escritor Ignácio de Loyola Brandão, que ainda não havia sido publicado. A fotografia é assinada por Waldemar Lima, responsável pelas imagens brutas do sertão de Deus e o diabo na terra do Sol (1964), mas que desta vez recria o brilho enganador da publicidade. Montagem de Sylvio Renoldi. Exibição em nova cópia 35mm.
Não indicado para menores de 14 anos
sáb 29.06 18h00 | qui 04.07 21h00

CABRA MARCADO PARA MORRER
de Eduardo Coutinho
Rio de Janeiro, 1964-1984, 35mm, cor/pb, 119’ | Exibição em HDCAM
Narrativa semi-documental sobre a vida de João Pedro Teixeira, líder camponês da Paraíba assassinado em 1962. A produção do filme foi interrompida em 1964, em razão do golpe militar. Dezessete anos depois, o cineasta Eduardo Coutinho recolheu os depoimentos dos camponeses que trabalharam nas primeiras filmagens. Parte da história das ligas camponesas de Galiléia e de Sapé e a vida de João Pedro surgem através das palavras de sua viúva, Elizabeth Teixeira, que fala sobre a sua trajetória nesses 20 anos e das dificuldades da família perseguida pela ditadura militar. Cabra marcado é uma das obras-primas do documentário político brasileiro, premiada em diversos festivais nacionais e internacionais. Fotografia de Edgar Moura e Fernando Duarte. Restaurado pelo Programa de Restauro Cinemateca Brasileira – Petrobras 2009.
Não indicado para menores de 12 anos
sáb 22.06 15h30 | sex 28.06 18h00

CIDADE AMEAÇADA (A CONFIRMAR)
de Roberto Farias
São Paulo, 1960, 35mm, pb, 105’
Reginaldo Faria, Eva Wilma, Jardel Filho, Ana Maria Nabuco, Dionísio Azevedo
Baseado em fatos reais, o filme mostra a ascensão e queda do bandido Promessinha, terror da periferia de São Paulo, narrando sua história, suas proezas e crueldades, seu envolvimento com uma moça, até o assassinato pela polícia. Depois de realizar as chanchadas Rico ri à toa (1957) e No mundo da lua (1958), Roberto Farias incursiona pela primeira vez na direção de um filme policial, conquistando êxito de público e crítica, e consolidando ao mesmo tempo sua carreira de cineasta. Cidade ameaçada foi escolhido para representar o Brasil no Festival de Cannes de 1960, concorrendo à Palma de Ouro. Foi exibido em competição ao lado de obras de Bergman, Saura, Antonioni e Fellini, que acabou vencendo a premiação com A doce vida. Além disso, o filme também foi agraciado com diversos prêmios no Brasil. Destaque para a atuação de Eva Wilma e para as sequências rodadas no morro, de extrema crueza realista. Exibição em nova cópia 35mm.
Não indicado para menores de 12 anos
qui 13.06 18h30 | dom 23.06 20h30

COLAR DE CORAL
de Léo Ivanov, Sylvio Michalany e Douglas Michalany
São Paulo, 1951, 35mm, pb, 74'
Mary Gonçalves, Douglas Michalany, Durval Farias, Carlos G. Silva, Elisabeth Henreid
Jovem médico do Instituto Butantã tem de lidar com a vingança de um rival que quer derrubá-lo. Um dos primeiros filmes sonoros de suspense do cinema brasileiro, Colar de coral teve como uma de suas locações o Instituto Butantã. Conta com a participação das atrizes Mary Gonçalves, uma das estrelas do cast da Atlântida, e Elisabeth Henreid, que atuava no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), fundado por Franco Zampari. O papel do galã foi interpretado pelo campeão brasileiro de natação e polo aquático, Douglas Michalany, que também assina a direção. Por conta de dificuldades de produção e distribuição, Colar de coral demorou quatro anos para entrar em cartaz. Raridade absoluta, há muito ausente das telas. Exibição em nova cópia 35mm.
Não indicado para menores de 12 anos
dom 23.06 16h00 | qui 04.07 19h00 | dom 07.07 16h00

CONVERSAS NO MARANHÃO
de Andrea Tonacci
São Paulo, 1977-1983, 16mm, cor, 120' | Exibição em HDCAM
Durante a demarcação de suas terras pela Funai, índios Canela Apãniekra decidem interromper o trabalho dos topógrafos para enviar suas reivindicações à Brasília. Mais do que um documentário, Conversas no Maranhão se tornou um manifesto dos índios ao governo brasileiro. À medida em que narra a história do grupo, seu massacre, os conflitos fundiários e os limites imemoriais de seu território, o filme exibe imagens de seus rituais e de seu cotidiano, costuradas a entrevistas com os chefes da aldeia. Depois de assinar produções emblemáticas do cinema de vanguarda brasileiro dos anos 1970, como Bang bang(1971), Tonacci inicia uma extensa pesquisa junto às tribos indígenas, trabalho notável que se estenderá por décadas, chegando até os dias hoje com Serras da desordem (2006), seu último filme. Conversas no Maranhão será exibido numa nova cópia digital, com áudio remasterizado pela Cinemateca.
Não indicado para menores de 14 anos
sáb 22.06 18h00 | qua 03.07 21h00 | dom 07.07 20h00

CORRIDA EM BUSCA DO AMOR
de Carlos Reichenbach
São Paulo, 1972, 35mm, cor, 94'
David Cardoso, Gracinda Fernandes, Vic Barone, Carlos Reichenbach, Dick D'Anello
Três rapazes são sócios de uma modesta oficina mecânica e todo ano disputam uma corrida de automóveis. Seus principais concorrentes são donos de uma oficina rica e moderna, e guiam carros possantes. Além de competir pela taça de ouro, dois deles tentarão conquistar o coração da filha do patrocinador do evento. Primeiro longa-metragem de Carlos Reichenbach, realizado a partir de encomenda do produtor Renato Grecchi. Em Corrida em busca do amor, Carlão presta homenagem ao diretor americano Roger Corman, parodiando os clichês de suas famosas aventuras juvenis, e interpretando a figura hilária de um cientista maluco. A produção do filme foi marcada por diversos percalços financeiros, o que levou o cineasta a adaptar o roteiro original às condições materiais imprevistas. Montagem de Sylvio Renoldi. Exibição em nova cópia 35mm.
Não indicado para menores de 14 anos
dom 16.06 20h00 | qua 03.07 19h00

O DRAGÃO DA MALDADE CONTRA O SANTO GUERREIRO
de Glauber Rocha
Bahia, 1969, 35mm, cor, 99'
Maurício do Valle, Odete Lara, Othon Bastos, Hugo Carvana, Jofre Soares, Lorival Pariz
Em Jardim das Piranhas, vilarejo rural do sertão, um cangaceiro aparece e se apresenta como a reencarnação de Lampião. Seu nome é Coirana e, junto a seu bando, ele ameaça instalar o caos. Depois de ter assassinado Corisco, o matador de cangaceiros Antônio das Mortes é convocado por um delegado para acabar com Coirana. Nesse ambiente de misticismo, disputa política e violência, surgem outras personagens diante do matador, dentre elas um professor desiludido, um proprietário de terras e uma bela e solitária mulher. Lançado em 1969, no auge da ditadura militar, o filme incorpora elementos do western americano à literatura de cordel, numa encenação alegórica e antinaturalista. Maior sucesso de público da carreira de Glauber, O dragão da maldade conquistou o Prêmio de Melhor direção no Festival de Cannes. Pouco depois, diante das pressões políticas, o cineasta abandonaria o país, exilando-se na Europa. Dentre os admiradores confessos de O dragão da maldade, encontram-se, entre outros, o cineasta Martin Scorsese. O filme será exibido em versão restaurada. O restauro digital de O dragão da maldade foi realizado pelo Tempo Glauber e Paloma Cinematográfica, com patrocínio da Petrobras, e cooperação técnica da Cinemateca.
Não indicado para menores de 16 anos
dom 16.06 16h00 | qui 20.06 19h00

ENGRAÇADINHA DEPOIS DOS TRINTA
de J. B. Tanko
Rio de Janeiro, 1966, 35mm, pb, 95’
Irma Alvarez, Fernando Torres, Vera Vianna, Nestor Montemar, Mário Petraglia
Depois do casamento com o pacato Zózimo, Engraçadinha leva a vida de maneira recatada, cuidando da família, sob o olhar vigilante da religião. No entanto, Silene, sua filha mais nova, tem a mesma volúpia da mãe quando jovem, e seu comportamento parece instigar os impulsos que Engraçadinha custara a abandonar. A partir daí, fantasmas e personagens do passado regressam para atormentar novamente sua vida. Adaptação da segunda parte do folhetim Asfalto selvagem, de Nelson Rodrigues, publicada no jornal Última hora entre 1959 e 1960. J. B. Tanko já havia levado para as telas, em 1964, a primeira parte do livro, sob o nome de Asfalto selvagem, filme censurado pelos militares depois do golpe. As duas adaptações receberam comentários elogiosos por parte do escritor. Tal como outras produções dos anos 1960 – Bonitinha, mas ordinária (1963), de J. P. Carvalho, e Boca de ouro (1963), de Nelson Pereira dos Santos – Engraçadinha depois dos trinta explora com maestria o universo de perversões da obra rodriguiana. Exibição em nova cópia 35mm.
Não indicado para menores de 14 anos
qua 19.06 21h00 | dom 07.07 18h00

EXORCISMO NEGRO
de José Mojica Marins
São Paulo, 1974, 35mm, cor, 100'
José Mojica Marins, Jofre Soares, Walter Stuart, Adriano Stuart, Wanda Kosmo
O cineasta José Mojica Marins vai ao interior para descansar na casa de um amigo que vive com a família. Depois de sua chegada, os parentes passam a se comportar de maneira violenta, como se estivessem possuídos por forças demoníacas. Mojica decide investigar o que acontece e acaba se deparando com os mistérios de sua própria criação – o personagem Zé do Caixão. Em Exorcismo negro, José Mojica Marins, mestre do cinema de horror brasileiro, incursiona pelo terreno do suspense, criando uma narrativa dramaticamente eficiente e de grande riqueza visual. Realizado no embalo do sucesso de O exorcista(1973), o filme conta com roteiro do mestre da pulp fiction brasileira Rubens Francisco Lucchetti. Exibição em nova cópia 35mm.
Não indicado para menores de 18 anos
dom 09.06 20h00 | qua 26.06 19h00

IRACEMA, UMA TRANSA AMAZÔNICA
de Jorge Bodanzky e Orlando Senna
São Paulo, 1974, 35mm, cor, 90’
Edna de Cássia, Paulo César Pereio, Conceição Senna, Rose Rodrigues, Fernando Neves
Menina do interior vai para Belém do Pará a fim de participar das comemorações do Círio de Nazaré. Levada para a prostituição, ela deseja mudar para o Sudeste. Num cabaré, conhece um motorista de caminhão, que transporta madeira. Sonhando com a cidade grande, ela pede carona e os dois partem em viagem pela Rodovia Transamazônica. Durante o percurso, se deparam com a miséria da região. Rodado em plena ditadura, Iracema, uma transa amazônica vai na contramão do discurso nacionalista e patrioteiro veiculado pelo governo militar nos anos 1970. Ficção e documentário se misturam num retrato sombrio da região amazônica, em contraponto à propaganda oficial dos militares. Proibido durante cinco anos no Brasil, Iracema, uma transa amazônica recebeu prêmios em festivais internacionais e, em 1981, já liberado, foi o grande vencedor do Festival de Brasília. Exibição em nova cópia 35mm.
Não indicado para menores de 16 anos
sáb 15.06 16h00 | qui 27.06 19h00

KATUCHA... A MULHER DESEJADA
de Paulo R. Machado
Rio de Janeiro, 1950, 35mm, pb, 73'
Ilka Soares, Milton Carneiro, José Lewgoy, Jurema Magalhães, Sérgio de Oliveira
Filha de uma prostituta, adolescente carioca é seduzida por um cafetão. O episódio faz com que ela desenvolva ódio pelo sexo masculino, despertando dentro de si um profundo desejo de vingança. Mas seu ímpeto vingativo será colocado em xeque ao conhecer um jovem médico. A partir daí, oscilará entre o sentimento do amor desinteressado e o luxo oferecido pelos amantes ricos. Baseado no romance de Benjamin Costallat, escritor de grande popularidade no Rio de Janeiro dos anos 1920 e 1930, conhecido por suas crônicas e livros que retratam o submundo da sociedade carioca. O filme traz Ilka Soares no papel da bela e diabólica Katucha. A atriz já havia movimentado os tablóides da época ao aparecer nua numa das cenas de Iracema (1949), de Vittorio Cardinali. Katucha ainda conta com a participação do ator José Lewgoy no papel do gigolô. Produtor e roteirista,Paulo R. Machado foi ainda co-diretor de Terra violenta (1948), adaptação do romance de Jorge Amado, Terras do sem fim, e diretor da comédia Chegou a hora, camarada (1968). Primeiro melodrama produzido pelo excelente fotógrafo George Dusek. Raridade absoluta, há décadas ausente das telas. Exibição em nova cópia 35mm.
Não indicado para menores de 14 anos
qua 12.06 19h00 | qui 27.06 21h00 | dom 30.06 18h00

A MORTE COMANDA O CANGAÇO
de Carlos Coimbra
São Paulo, 1960, 35mm, cor 108' | Exibição em HDCAM
Alberto Ruschel, Aurora Duarte, Milton Ribeiro, Maria Augusta Costa Leite, José Mercaldi
Em 1929, no sertão cearense, pequeno fazendeiro é assediado por um grupo de cangaceiros que exigem dinheiro em troca de proteção. O rapaz se nega a dá-lo e, tempos depois, é atacado pelos bandidos, que queimam sua casa e assassinam brutalmente sua mãe. Mas ele sobrevive ao crime e, ao lado de outros vaqueiros, planeja sua terrível vingança. Clássico do cinema de cangaço, dirigido por um dos mestres brasileiros do gênero, Carlos Coimbra, também autor de Lampião, o rei do cangaço (1962), Cangaceiros de Lampião (1966) e Corisco, o diabo loiro (1969). Trabalhando com elementos narrativos do faroeste e do melodrama, A morte comanda o cangaço recebeu diversos prêmios no Brasil. Além disso, foi a produção escolhida para representar o país na premiação do Oscar, como candidato à categoria de Melhor filme estrangeiro, não chegando à fase final da seleção. Retomando o caminho inaugurado por O cangaceiro (1953), sucesso internacional de Lima Barreto, o filme de Coimbra conta com a participação de Alberto Ruschel e Milton Ribeiro, astros da produção da Vera Cruz. O elenco é ainda encabeçado pela atriz Aurora Duarte, no papel da moça que se envolve amorosamente com o herói. Destaque para a fotografia de Tony Rabatoni, hábil na captação colorida da paisagem agreste por onde caminham as personagens do filme. Restaurado pelo Programa de Restauro Cinemateca Brasileira – Petrobras 2009.
Não indicado para menores de 14 anos
sáb 08.06 18h00 | qui 20.06 21h00 | sex 05.07 19h00

MULHERES E MILHÕES
de Jorge Ileli
Rio de Janeiro, 1961, 35mm, pb, 90'
Luigi Picchi, Irce Valadão, Aurélio Teixeira, José Mauro de Vasconcelos, Norma Benguell
Três homens que não se conhecem – um chaveiro, um vigarista que mora com uma ex-cantora, e um pobretão cuja cunhada sobrevive da prostituição num cabaré – são contratados por um mandante misterioso para realizar um audacioso assalto a uma agência bancária. Thriller policial inspirado nos clássicos Rififi (1955), de Jules Dassin, e O grande golpe (1956), de Stanley Kubrick, Mulheres e milhões ganhou alguns dos principais prêmios concedidos ao cinema brasileiro na época. Além de contar com a participação de atores e atrizes de peso como Jece Valadão, Glauce Rocha, Mário Benvenutti, Norma Benguell e Odete Lara, o filme teve a colaboração do escritor e dramaturgo Nelson Rodrigues, que assina os diálogos adicionais do roteiro. Raridade há muito fora das telas. Exibição em nova cópia 35mm.
Não indicado para menores de 14 anos
dom 09.06 18h00 | qua 19.06 19h00 | sex 05.07 21h00

MUNDO ESTRANHO
de Francisco Eichorn
Rio de Janeiro/Argentina/Alemanha, 1948, 35mm, pb, 103'
Angelika Hauff, Alexandre Carlos, América Cabral, Kumatzaikuma, Amalia Sanchez Ariño
Filho de exploradores da selva amazônica, jovem é resgatado por índios depois que sua família é atacada por remanescentes de uma civilização perdida nos Andes. Anos depois, vivendo na cidade, ele descobre por meio de uma reportagem que seu pai teria encontrado um deus de ouro. Disposto a recuperar a valiosa relíquia, ele abandona o emprego e viaja para a Amazônia. Durante a perigosa expedição, contará com a ajuda de uma bela índia. Cineasta alemão fascinado pelas selvas da América Latina, Franz Eichhorn (nome original) dirigiu seu primeiro filme no continente em 1929, o documentário Sinfonia das selvas virgens, feito junto com seu irmão, o fotógrafo Edgar Eichhorn. Depois de percorrer as florestas do Peru até o Rio Amazonas, Francisco Eichorn realizou sua primeira produção brasileira, a comédia musical No trampolim da vida (1946), seguindo depois para a Atlântida. Co-produção internacional, e primeiro de uma série de filmes de aventura ambientados na selva,Mundo estranho conta com a participação da atriz Angelika Hauff, estrela do cinema alemão nas décadas de 1940 e 1950.
Livre
dom 09.06 16h00 | qua 26.06 21h00 | sáb 06.07 16h00

ORGIA OU O HOMEM QUE DEU CRIA
de João Silvério Trevisan
São Paulo, 1970, 35mm, pb, 92’
Fernando Benini, Sérgio Couto, Pedro Paulo Rangel, Ozualdo Candeias, Luzya Conte
Depois de matar o pai, jovem tresloucado inicia uma caminhada, na qual se juntam uma série de personagens – um intelectualque fala uma língua incompreensível, um travesti negro, um anjo de asa quebrada, prostitutas, um cangaceiro, entre outrostipos brasileiros. Juntos, eles viajam em direção à cidade grande. Em sintonia com o movimento tropicalista e com o cinema de vanguarda dos anos 1960 e 1970, Orgia ou o homem que deu cria destaca-se pela narrativa anárquica, rica de situaçõesnonsense e de personagens alegóricas. Único longa-metragem do cineasta, roteirista e escritor João Silvério Trevisan, Orgiaconta com fotografia de Carlos Reichenbach e participação de Jean-Claude Bernardet. Exibição em nova cópia 35mm. A segunda projeção do filme contará também com a exibição do curta Contestação, realizado por Trevisan em 1969.
Não indicado para menores de 16 anos
dom 16.06 18h00 | sáb 06.07 18h00

QUADRINHOS NO BRASIL
de Rogério Sganzerla e Álvaro de Moya
São Paulo, 1969, 16mm, cor, 9' | Exibição em HDCAM
Realizado simultaneamente ao curta Comics – Historieta – Fumetti – Bande dessinée – Quadrinhos (1969), o documentárioQuadrinhos no Brasil trata especificamente da evolução da arte dos gibis no país. Durante muitos anos, este raríssimo curta-metragem era considerado perdido, até que em 2008 localizou-se finalmente uma cópia no acervo da Cinemateca Brasileira. O filme contou com a orientação do pesquisador Álvaro de Moya, um dos maiores estudiosos e divulgadores das histórias em quadrinhos no Brasil.
Livre
dom 09.06 20h00 | dom 16.06 20h00 | qua 26.06 21h00

O REI DA BOCA
de Clery Cunha
São Paulo, 1982, 35mm, cor, 128’
Roberto Bonfim, Claudete Joubert, Zilda Mayo, Ruy Leal, Ronaldo Medeiros Proffetha
Nascido numa fazenda, um humilde agricultor sonha com a riqueza. Disposto a ganhar dinheiro, entra para o garimpo, mas é acusado de roubar um diamante. Espancado, acaba matando um homem. Foge para a capital e se envolve com criminosos, tornando-se, depois do primeiro delito, um poderoso traficante e gigolô. Épico sobre a trajetória de ascensão e queda de um rei do submundo, com primorosa interpretação de Roberto Bonfim. O filme é inspirado na vida de diversos criminosos que atuaram no Quadrilátero do Pecado – a Boca do Lixo paulistana – entre eles Hiroito Joanides de Morais, cuja biografia foi recentemente filmada pelo cineasta Flávio Federico, no longa Boca (2012). Um dos principais realizadores do cinema paulista dos anos 1970 e 1980, Clery Cunha é autor de outros marcos, como Joelma 23º  andar (1980), suspense inspirado em livro de Chico Xavier. O filme será apresentado pela primeira vez em versão integral, sem os cortes da censura. Exibição em nova cópia 35mm.
Não indicado para menores de 18 anos
qui 13.06 20h30 | dom 23.06 18h00
 
HOMENAGEM A ALOYSIO RAULINO
LACRIMOSA
de Aloysio Raulino e Luna Alkalay
São Paulo, 1970, 16mm, pb, 12' | Exibição em HDCAM
Pela Marginal Tietê e outras vias da metrópole, desfilam terrenos baldios, construções, fachadas de fábricas e favelas, num cenário desolador.O itinerário seguido pela câmera vai até as entranhas da miséria urbana, onde crianças, homens e mulheres vivem em meio ao lixo. Produção da Escola de Comunicações e Artes da USP. Direção e fotografia de Aloysio Raulino. Filme restaurado pelo Programa de Restauro Cinemateca Brasileira – Petrobras 2009.
Não indicado para menores de 14 anos
sáb 15.06 18h00 | qui 27.06 19h0

O TIGRE E A GAZELA
de Aloysio Raulino
São Paulo, 1976, 35mm, pb, 14' | Exibição em HDCAM
As fisionomias, os gestos e as falas de mendigos, pedintes, loucos e foliões que passam pelas ruas de São Paulo. Os sons e imagens são ilustrados com extratos de Frantz Fanon. Direção e fotografia de Aloysio Raulino. Filme restaurado pelo Programa de Restauro Cinemateca Brasileira – Petrobras 2009.
Não indicado para menores de 14 anos
sáb 15.06 18h00 | dom 16.06 18h00

O PORTO DE SANTOS
de Aloysio Raulino
São Paulo, 1978, 35mm, pb, 19' | Exibição em HDCAM
Documentário sobre a vida do Porto de Santos nos anos 1970 – o movimento das embarcações, o trabalho dos doqueiros, o cotidiano dos caiçaras que vivem ao redor, a pesca minguada, e a prostituição no cais. Direção e fotografia de Aloysio Raulino. Filme restaurado pelo Programa de Restauro Cinemateca Brasileira – Petrobras 2009.
Não indicado para menores de 14 anos
sáb 15.06 18h00 | qui 27.06 21h00

ENCONTROS

sáb 08.06 18h00
AURORA DUARTE. Atriz, produtora e diretora. Estreou como atriz nos anos 1950 em O canto do mar, de Alberto Cavalcanti, trabalhando, a seguir, em filmes de ação ambientados no interior paulista, como Crepúsculo de ódios, de Carlos Coimbra, eFronteiras do inferno, de Walter Hugo Khouri. Junto com Walter Guimarães Motta, seu marido, fundou a Aurora Duarte Produções Cinematográficas, realizando A morte comanda o cangaço, filme no qual também assumiu papel de destaque como atriz. Nos anos 1960, assinou a produção de outras obras importantes, como Riacho de sangue, de Fernando de Barros, e Um homem e sua jaula, de Fernando Cony Campos.

sáb 15.06 18h00
PAULO SACRAMENTO. Diretor, montador e produtor. Realizou os curtas Ave e Juvenília e, em colaboração com o diretor de fotografia Aloysio Raulino, o documentário O prisioneiro de grade-de-ferro (autoretratos). Montou filmes de destaque do cinema brasileiro recente, como Amarelo manga, Encarnação do demônio, É proibido fumar, Cronicamente inviável e Chega de saudade. Responsável pela empresa Olhos de Cão Produções Cinematográficas, é também curador da obra do crítico e cineasta Jairo Ferreira e membro do Conselho da Cinemateca Brasileira.

sáb 22.06 18h00
ANDREA TONACCI. Diretor e fotógrafo. Realizou os curtas Olho por olho, Bla bla bla e o longa-metragem Bang bang, marcos do chamado cinema marginal. Um dos pioneiros no uso do vídeo no Brasil, registrou, nos anos 1970, diversos shows históricos em São Paulo, como o de Miles Davis no Teatro Municipal, e dirigiu Interprete mais, ganhe mais, documentário com a atriz Ruth Escobar. Nesses anos, também iniciou suas pesquisas com a cultura indígena, das quais surgiram, entre outras produções, Conversas no Maranhão. Serras da desordem é seu último filme.

sáb 29.06 18h00
MAURICE CAPOVILLA. Diretor e roteirista. Estreou no longa-metragem com Bebel, garota propaganda. Nos anos 1960, deu aulas de cinema na USP, e trabalhou com o diretor Roberto Santos, em A hora e vez de Augusto Matraga. Na década de 1970, dirigiu O profeta da fome, estrelado por José Mojica Marins, e As noites de Iemanjá, entrando a seguir para a televisão, como diretor de documentários da Rede Globo. Voltou ao cinema de ficção em O jogo da vida, adaptação de um texto do escritor João Antônio. Harmada é seu último filme.

sáb 06.07 18h00

JOÃO SILVÉRIO TREVISAN. Escritor, diretor e roteirista. Dirigiu o curta Contestação e o longa-metragem Orgia ou o homem que deu cria. Também escreveu roteiros para produções realizadas na Boca do Lixo, como A mulher que inventou o amor, de Jean Garrett. Uma das principais vozes na luta pelos direitos civis dos homossexuais no Brasil, é também escritor, tendo publicado, entre outras obras, Devassos no paraíso, Em nome do desejo, Ana em Veneza e Rei do cheiro.