“Evil Dead” (2013): Overdose de sangue


A Morte do Demônio (Evil Dead, 2013)
O diretor uruguaio Fede Alvarez, que passou a ser conhecido após o sucesso de seu curta “Ataque de Pánico!” (2009), onde robôs gigantes atacam a cidade de Montevideo, foi o escolhido por Sam Raimi para dirigir e escrever o novo “Evil Dead”. Não sendo exatamente nem uma refilmagem nem uma continuação, mas sim um filme inspirado na história original do clássico do início dos anos 1980, a marca da franquia continua de certa forma honrada. Sem fazer comparações, que são desnecessárias, pois o filme original é intocável, essa nova releitura do universo ficcional de “Evil Dead” é extremamente violenta, com sangue para todos os lados e a todo momento, como não se via há tempos no cinema comercial.
Estreando nas telonas brasileiras em 19/04/13 com cópias legendadas (ainda bem), o roteiro mostra um grupo de cinco jovens, duas moças e três rapazes, que vão passar alguns dias numa cabana isolada na floresta, com o objetivo principal de ajudar uma das meninas a largar as drogas, as quais quase a levaram à morte. Porém, após descobrirem um misterioso livro de magia negra no porão da cabana, e terem inadvertidamente invocado palavras proibidas de suas páginas, um poderoso demônio é libertado e passa a possuir os corpos de suas vítimas, com direito a uma overdose de violência explícita entre mutilações, desmembramentos e banhos literais de sangue.
O novo “Evil Dead” não tem humor, numa decisão acertada de Fede Alvarez, e assim como no original, a calmaria do início logo é substituída pelo horror sangrento, e a porradaria e o clima depressivo quase não dão trégua, mantendo a tensão até o desfecho. E, curiosamente, vale uma conferida até o final dos créditos, reservado para uma apoiada homenagem. Altamente recomendável.