Finalmente encontrei o DVD e pude ver o filme “Extermínio” (28 Days Later), uma ficção científica inglesa, de 2002, dirigida por Danny Boyle.
Macacos de laboratório pegam um vírus que se espalha para os humanos de forma rápida, devastadora e mortal. Em poucas semanas Londres, a Inglaterra e boa parte do mundo estão dizimados. Humanos e outras formas de vida animal se contaminam mortalmente. Nem todos morrem rapidamente, contudo. Os que ficam com a doença por mais tempo se transformam em zumbis assassinos, numa espécie de reação semelhante à raiva. 28 dias depois um sujeito acorda em um hospital, depois de ficar em coma durante o período do surgimento e espalhamento da praga. Não entende nada quando o hospital está vazio, as ruas idem. Londres quase que absolutamente deserta e silenciosa. Até que se depara com zumbis assassinos e têm de fugir para qualquer lugar, na companhia de algumas poucas outras pessoas não infectadas para sobreviver.
O filme impressiona pelas imagens, pela violência - que achei excessiva - e o desespero natural dos sobreviventes. O impacto do fim da civilização por uma catástrofe biológica não é novidade na FC, mas poucas vezes vi no cinema uma obra tão dramática e bem dirigida como esta. Claro, há as recorrências literárias, como as do clássico conto do Silverberg, “Caminho para o Anoitecer”, e dos romances igualmente importantes, como “Só a Terra Permanece”, de George R. Stewart e “Eu Sou a Lenda”, de Richard Matheson. E pelo filme mostrar a peregrinação pelo interior do país há uma, digamos, britanicidade na trama, que reverbera no sombrio “Jornada de Esperançä”, de Brian Aldiss.
Não sei se o direitor e o roteirista (Alex Garland) tiveram este cabedal em mente, mas o filme é muito bem realizado e se coloca como um dos melhores já realizados sobre este tema. Em acréscimo, vele comentar também sobre o cartaz feito para o filme, que tive acesso também recentemente por meio da compra do fundamental livro “Film Posters Science Fiction” (2006). Há uma semana de seu lançamento na Inglaterra, foram espalhados dezenas de cartazes em pontos públicos da cidade, numa espécie de aquecimento. O detalhe interessante do cartaz - desenhado por Glyn Dillon - é que se trata de uma história em quadrinhos, mostrando os 27 dias antes do filme, como se fosse um prólogo. Assim, há a “exposição” no primeiro dia; a “infecção”, no terceiro; a “evacuação”, no décimo quinto; a “devastação”, no vigésimo, até a chegada do início do filme, o vigésimo oitavo dia. Simplesmente genial o conceito e a realização.
(resenha por Marcelo Simão Branco)
Macacos de laboratório pegam um vírus que se espalha para os humanos de forma rápida, devastadora e mortal. Em poucas semanas Londres, a Inglaterra e boa parte do mundo estão dizimados. Humanos e outras formas de vida animal se contaminam mortalmente. Nem todos morrem rapidamente, contudo. Os que ficam com a doença por mais tempo se transformam em zumbis assassinos, numa espécie de reação semelhante à raiva. 28 dias depois um sujeito acorda em um hospital, depois de ficar em coma durante o período do surgimento e espalhamento da praga. Não entende nada quando o hospital está vazio, as ruas idem. Londres quase que absolutamente deserta e silenciosa. Até que se depara com zumbis assassinos e têm de fugir para qualquer lugar, na companhia de algumas poucas outras pessoas não infectadas para sobreviver.
O filme impressiona pelas imagens, pela violência - que achei excessiva - e o desespero natural dos sobreviventes. O impacto do fim da civilização por uma catástrofe biológica não é novidade na FC, mas poucas vezes vi no cinema uma obra tão dramática e bem dirigida como esta. Claro, há as recorrências literárias, como as do clássico conto do Silverberg, “Caminho para o Anoitecer”, e dos romances igualmente importantes, como “Só a Terra Permanece”, de George R. Stewart e “Eu Sou a Lenda”, de Richard Matheson. E pelo filme mostrar a peregrinação pelo interior do país há uma, digamos, britanicidade na trama, que reverbera no sombrio “Jornada de Esperançä”, de Brian Aldiss.
Não sei se o direitor e o roteirista (Alex Garland) tiveram este cabedal em mente, mas o filme é muito bem realizado e se coloca como um dos melhores já realizados sobre este tema. Em acréscimo, vele comentar também sobre o cartaz feito para o filme, que tive acesso também recentemente por meio da compra do fundamental livro “Film Posters Science Fiction” (2006). Há uma semana de seu lançamento na Inglaterra, foram espalhados dezenas de cartazes em pontos públicos da cidade, numa espécie de aquecimento. O detalhe interessante do cartaz - desenhado por Glyn Dillon - é que se trata de uma história em quadrinhos, mostrando os 27 dias antes do filme, como se fosse um prólogo. Assim, há a “exposição” no primeiro dia; a “infecção”, no terceiro; a “evacuação”, no décimo quinto; a “devastação”, no vigésimo, até a chegada do início do filme, o vigésimo oitavo dia. Simplesmente genial o conceito e a realização.
(resenha por Marcelo Simão Branco)