“Grave Digger” toca pela terceira vez no Brasil

A linha que separa o “Heavy Metal” e o “Horror” é muito tênue e muitas vezes os gêneros se misturam.
Felizmente para nós, apreciadores de ambos, o Brasil está definitivamente presente na rota dos shows internacionais do cenário mundial do “Heavy Metal”.
Agora foi a vez do “Cavador de Túmulos”, a banda alemã “Grave Digger”, que esteve de volta por aqui num show realizado no dia 07/05/05 em São Paulo, no “Direct TV Music Hall”, em Moema (no dia anterior, eles tocaram em Curitiba).
Ao lado de outras bandas alemãs igualmente veteranas como “Running Wild” e “Helloween”, eles tocam um estilo mais melódico dentro do metal.
Grave Digger” já esteve no Brasil antes duas vezes, em 1997 e em Outubro de 2003. A formação atual da banda é composta pelo líder e vocalista Chris Boltendahl, além de Jeans Becker (baixo), Stefan Arnold (bateria), Hans Peter (teclado) e Manni Schmidt (guitarra). O show promoveu a divulgação do último CD, “The Last Supper”, lançado em 2004, e serviu para a gravação de um DVD com previsão de lançamento em Outubro.
Porém, a apresentação incluiu também músicas de toda a carreira da banda, que já tem 25 anos de estrada, com álbuns como “Heavy Metal Breakdown” (84), “Witch Hunter” (85), “Tunes of War” (96), “Knight of the Cross” (98), “Excalibur” (99), “The Grave Digger” (2001, este com a temática lírica baseada na obra macabra do escritor Edgar Allan Poe), e “Rheingold” (2003).
O início foi pontual, exatamente às 22:00 horas, e o show teve cerca de duas horas e trinta e cinco minutos, quase ininterruptos, onde a banda demonstrou grande energia, vitalidade e presença de palco, tocando aproximadamente três dezenas de músicas que percorreram os 25 anos da banda, até o encerramento magistral com “Heavy Metal Breakdown”, a primeira música do “Grave Digger”.
Entre os vários destaques, temos o tecladista Hans Peter num visual sinistro como “The Reaper” e seus olhos vermelhos, além do baterista Stefan Arnold que esbanjou habilidade em malabarismos com a baqueta entre os movimentos ao tocar seu instrumento com precisão e fúria. O guitarrista Manni Schmidt também demonstrou suas qualidades como músico em diversos e incríveis solos. Sem contar o vocal e líder da banda Chris Boltendahl, extremamente comunicativo estabelecendo uma admirável interação com o público brasileiro, que novamente mostrou sua garra com fãs entusiastas fazendo a outra parte do show, do lado oposto do palco.
Eu particularmente prefiro estilos mais agressivos dentro do metal, mas confesso que fiquei impressionado com a performance do “Grave Digger” como uma autêntica e honrada banda de Heavy Metal, e que está entre as melhores do planeta.