Comentário de filme: “O Sótão” (The Attic, 2008), dirigido por Mary Lambert


O Sótão” (The Attic, 2008) é um daqueles filmes apenas comuns que são produzidos em grande escala nos Estados Unidos. Para nós, brasileiros, podemos usar como referência para defini-lo, a associação com a tradicional sessão “Supercine”, dos sábados noturnos da TV Globo, onde são exibidos frequentemente aqueles filmes de suspense mornos e sem atrativos significativos.
As únicas curiosidades que se podem notar é a direção de Mary Lambert, mais conhecida por “O Cemitério Maldito” (Pet Sematary, 1989), inspirado em livro de Stephen King, e também pela continuação lançada três anos depois, além da presença do veterano ator John Savage, um rosto conhecido por uma infinidade de filmes menores (seu currículo conta com quase 150 filmes).

Uma jovem, Emma Callan (Elisabeth Moss) muda-se com sua família para um casarão que tem um sótão misterioso. Sentindo-se incomodada pela presença de alguém que alega ser sua irmã gêmea desaparecida, ela entra num processo de depressão e não sai de casa de forma alguma, apesar das tentativas dos pais Graham (John Savage) e Kim (Catherine Mary Stewart), e do irmão meio retardado Frankie (Tom Malloy, que além de ator, escreveu a história do filme e foi um dos produtores). Emma recebe o auxílio do psiquiatra Dr. Perry (Thomas Jay Ryan) em várias sessões de análise sem resultados, e tem um amigo, John Trevor (Jason Lewis), um paramédico que também faz pequenos trabalhos de detetive, e que tenta ajuda-la na investigação de seu passado obscuro e da irmã. Juntos, eles tentam descobrir o mistério do sótão e das sinistras aparições.

Fraco e sem graça, o filme é sonolento e óbvio demais, misturando elementos de uma fórmula desgastada ao extremo, com uma história de alucinações, passado misterioso e loucura. Tudo é muito previsível e o final é o mesmo de centenas de outros filmes similares. É curioso observar como existem profissionais do cinema que ainda insistem com filmes tão insignificantes, ainda mais uma diretora que ficou relativamente conhecida pelo interessante “O Cemitério Maldito”.