A editora “Devir” está lançando a antologia “Os Melhores Contos Brasileiros de Ficção Científica”, organizada por Roberto de Sousa Causo


Os Melhores Contos Brasileiros de Ficção Científica
Editado por Roberto de Sousa Causo (rscauso@yahoo.com.br)
Devir, São Paulo, 200 páginas, R$ 24,50. ISBN 978-85-7532-303-8

No livro estão onze histórias, de Machado de Assis, o maior nome da literatura nacional, até o desconhecido Ricardo Teixeira. De 1882 a 1997 — mais de cem anos de ficção científica feita por brasileiros, demonstrando que o gênero teve e tem um papel na representação da “experiência brasileira”, e merece um lugar no cenário das letras nacionais. São histórias variadas em tom e atmosfera, que dão conta da diversidade temática e de estilos da ficção científica, e do seu potencial para combinar-se com outras formas e perspectivas, literárias e científicas, recriando-se infinitamente. A Literatura da Mudança irá abraçar, mesmo no Brasil, as transformações que a farão avançar pelo novo século e a um novo universo de percepções e sensibilidades, que cabe a ela mapear.
Apesar da diversidade que marca a antologia, o medo da guerra atômica e do pós-holocausto formam um certo núcleo temático, definindo um dos aspectos centrais da ficção científica brasileira da década de 1960, no auge da Guerra Fria. A ficção científica espacial também está presente, assim como histórias de contatos com alienígenas, mostrando que nossos autores não se furtaram a escrever uma FC mais característica. A postura pacifista, a crítica ao consumismo, o comentário sobre o próprio ato da escrita e a sátira dos clichês, a fusão com outras tradições brasileiras, estão presentes nos onze contos da antologia.

A primeira antologia retrospectiva da ficção científica brasileira, a primeira a propor um conjunto de contos-referência para o gênero no Brasil.

Sumário
Introdução – Roberto de Sousa Causo
O Imortal (1882) – Machado de Assis
Meu Sósia (1938) – Gastão Cruls
Água de Nagasáki (1963) – Domingos Carvalho da Silva
A Espingarda (1966) – André Carneiro
O Copo de Cristal (1964) – Jerônymo Monteiro
O Último Artilheiro (1965) – Levy Menezes
Especialmente, Quando Sopra Outubro (1971) – Rubens Teixeira Scavone
Exercícios de Silêncio (1983) – Finisia Fideli
A Morte do Cometa (1985) – Jorge Luiz Calife
A Mulher Mais Bela do Mundo (1997) – Roberto de Sousa Causo
A Nuvem (1994) – Ricardo Teixeira

O Imortal
Machado de Assis, que dispensa apresentações, trata de uma poção indígena que dá imortalidade a quem a bebe, o que talvez não baste para definir a obra como ficção científica. O próprio autor, porém, oferece um argumento de rara presciência: “A ciência de um século não sabia tudo; outro século vem e passa adiante. Quem sabe se os homens não descobrirão um dia a imortalidade, e se o elixir científico não será esta mesma droga selvática?” Não que tenhamos descoberto tal segredo, mas a medicina indígena vem sendo alvo das atenções da ciência, com intensidade cada vez maior. Em análise inédita, o Prof. João Adolfo Hansen, da Universidade de São Paulo, observa ainda que essa história exige um outro plano de leitura: “A estilização [no conto] mantém as características originais do estilo romanesco da arte e da vida dos românticos, para subordiná-las a outro fim, transformando o sério do ideal num pastiche irônico”, e “‘O Imortal’ propõe sub-repticiamente ao leitor do seu tempo a experiência da historicidade dos modos de escrever e consumir ficção.”

Meu Sósia
De Gastão Cruls (1888-1959) o crítico José Paulo Paes escreveu: “Um escritor hábil tanto na caracterização psicológica quanto na evocação de ambientes e paisagens, dono de um estilo dúctil e equilibrado, revelador de admirável bom gosto artístico e de ampla cultura literária.” Já Almiro Rolmes Barbosa e Edgard Cavalheiro afirmaram que “a literatura de Gastão Cruls é antes de tudo uma obra de bom gosto artístico. Tudo nele é intelectualmente bem equilibrado… e solidamente construído.”
“Meu Sósia” foi publicado na coletânea do autor, História Puxa História, de 1938. Com o tema do duplo, foi provavelmente influenciado pelo conto clássico de Edgar Allan Poe, “William Wilson” (1840). “Meu Sósia” transporta as ansiedades quanto ao senso de individualidade no mundo moderno, e a ambigüidade moral presente em “William Wilson”, para o terreno da criação literária: O que torna uma obra literária única e de posse exclusiva do seu criador? Onde se insere a originalidade e o registro de uma mente que deveria pertencer apenas ao escritor? Quando o autor se enxerga na obra, sua própria identidade se vê ameaçada pela escritura paralela desenvolvida por outro. Há um instante pivotal no conto, que sugere ainda a inversão de papéis, em que imitado se torna imitador, antes do confronto final.

Água de Nagasáki
Este é certamente um dos contos notáveis da Primeira Onda da Ficção Científica Brasileira — aquele período especialmente fértil iniciado em 1958 e terminado em 1971.
A preocupação que “Água de Nagasáki” expressa pertence a esse momento da FC nacional — o temor da guerra atômica e dos efeitos da radiação, mas narrados dentro de um estilo muito brasileiro de história “contada” e do qual transparece um tom sóbrio e melancólico. Como em muitas narrativas da ficção científica nacional, o protagonista abandona um outro mundo, em busca de uma vida simples — o “sonho brasileiro” — mas desta vez impossível de se realizar, com o estigma mortal que ele carrega.
Membro da Academia Paulista de Letras, Domingos Carvalho da Silva nasceu em Portugal em 1915 e mudou-se para o Brasil em 1924. Foi um dos principais nomes da “Geração de 45” na poesia brasileira, e colaborador constante do “Suplemento Literário” de O Estado de S. Paulo. A Véspera dos Mortos foi sua única investida no campo da literatura em prosa.

A Espingarda
André Carneiro é um dos principais nomes da Geração grd — os autores patrocinados pelo editor baiano Gumercindo Rocha Dorea na coleção Ficção Científica grd —, juntamente com Rubens Teixeira Scavone, Fausto Cunha e Dinah Silveira de Queiroz. É também um poeta da Geração de 45, descoberto por Domingos Carvalho da Silva. Exerceu vasta gama de atividades, incluindo a edição da revista cultural Tentativa (1949-1952), recentemente republicada em fac-símile pela Prefeitura de Atibaia e pelo Arquivo do Público do Estado de São Paulo. Por períodos durante a ditadura, Carneiro viveu na clandestinidade.
Tido como um clássico da FC brasileira e, por alguns, como um clássico da FC internacional, sua noveleta “A Escuridão” pertence ao primeiro volume. O conto que trazemos aqui, “A Espingarda”, faz parte do segundo, e continua a tendência temática da guerra atômica e do pós-holocausto na ficção científica nacional, dentro da tradição de histórias sobre “o último homem na Terra”.
Os mais recentes livros de contos do autor são A Máquina de Hyerónimus e Outras Histórias (1997) e Confissões do Inexplicável (Devir, 2007). Este último é a mais volumosa coletânea de histórias de um autor brasileiro de FC já publicada. Sobre Carneiro, A. E. van Vogt, um grande nome da FC mundial, escreveu: “André Carneiro merece a mesma audiência de um Kafka ou Albert Camus.” Harry Harrison, outro monstro-sagrado do gênero, o chamou de “autor de contos excelentes”. Alcântara Silveira também o identifica com Kafka, enquanto Fausto Cunha observa que “sua ficção se coloca na linha evolutiva que, abandonando o deslumbramento tecnológico inicial, avança para a consideração dos problemas humanos sob o ‘choque do futuro’.”

O Copo de Cristal
Monteiro é um dos nomes mais importantes de toda a FC brasileira, o primeiro a escrever com consciência de que desenvolvia esse gênero literário, o primeiro a criar um herói pulp, o seu Dick Peter — em aventuras para o rádio e em formato de romances, escritos sob o pseudônimo de “Ronnie Wells”, sobrenome que denuncia sua paixão por H. G. Wells —, detetive que se metia também em aventuras fantásticas.Em “O Copo de Cristal”, recentemente publicado na antologia norte-americana Cosmos Latinos: An Anthology of Science Fiction from Latin America and Spain (editada por Andrea L. Bell e Yolanda Molina-Gavilán para uma editora universitária), Monteiro revela aspectos centrais da sua produção, além de elementos que são distintivos da FC brasileira — a descrição de uma vida simples, um certo tom intimista, a crítica à imaturidade humana — e da FC da década de 1960 — o temor da guerra nuclear, especialmente.“O Copo de Cristal” é uma das muitas histórias sobre artefatos que possibilitam a visão do passado e/ou do futuro, ao lado dos romances O Presidente Negro, de Monteiro Lobato, e Viagem à Aurora do Mundo, de Erico Veríssimo. Ao contrário do que se dá nessas obras, o que é testemunhado aqui reflete intensamente a experiência brasileira do momento: a crítica direta aos excessos do regime militar — o conto foi escrito em maio de 1964, um mês após a tomada do poder pelos militares, e sua existência contesta o senso comum de que os autores da década de 1960 se abstiveram de criticar o golpe de Estado —, que é inserido num movimento maior de violência e autodestruição total, testemunhado e prenunciado pelo estranho artefato. Tendo sido adaptado para a televisão por Zbigniew Ziembiński em 1970 e veiculado pela Rede Globo, “O Copo de Cristal” apareceu primeiro na coletânea Tangentes da Realidade em 1969, um ano após o Ato Institucional Número 5.

O Último Artilheiro
Este conto faz parte de O 3.° Planeta, coletânea de histórias escritas e ilustradas por Levy Menezes (1922-1991), então um conhecido artista plástico e arquiteto. Foi publicada pelas Edições grd em 1965. Antonio Olinto prefaciou o volume, tecendo grandes elogios à substancial coletânea de Levy Menezes. “Pode Levy Menezes ser colocado junto dos escritores que, como Clarke e Nevil Shute, passaram do plano do manuseio de materiais e de números para o da palavra”, escreveu Olinto. “Fica nisto, porém, a comparação, já que o senso poético de Levy Menezes o aproximaria, por outro lado, de Bradbury e Sturgeon.”
“O Último Artilheiro” é uma história de pós-apocalipse. Percebe-se por contos como “O Copo de Cristal”, de Jerônymo Monteiro, “Água de Nagasáki”, de Domingos Carvalho da Silva, e em “A Espingarda”, de André Carneiro, que a guerra nuclear era um assunto de grande preocupação para os autores da Geração grd, mas este conto de Menezes apresenta uma estrutura particularmente original.

Especialmente, Quando Sopra Outubro
O primeiro livro de ficção científica de Scavone foi o romance O Homem que Viu o Disco-Voador, de 1958. Contista, romancista e ensaísta de relevo, Scavone foi colaborador freqüente do “Suplemento Cultura” de O Estado de S. Paulo, e autor premiado com o Prêmio Jabuti 1973 com o romance Clube de Campo. Em 1988 foi eleito para Academia Paulista de Letras, e posteriormente o seu presidente por dois termos consecutivos. Um de seus últimos trabalhos foi a excelente novela O 31.° Peregrino (1993), combinação empolgante e erudita de FC, horror e homenagem literária ao escritor inglês Geoffrey Chaucer.
Mário Donato, no discurso de recepção a Scavone na Academia, menciona “Especialmente, Quando Sopra Outubro”, conto primeiro publicado na coletânea Passagem para Júpiter, de 1971, demonstrando que a obra de ficção científica de Scavone teve papel na sua eleição, fato raro nas letras nacionais e honraria que apenas soma ao seu status de figura de proa na FC brasileira no século xx.
Neste trabalho, as diversas possibilidades temáticas em torno dos fenômenos provocados pela menina Ângela mantém uma tensão típica dos melhores contos fantásticos, mas Scavone reserva surpresas para o final, num texto lírico que revela a influência de Ray Bradbury. A celebração do ato de imaginar se insere perfeitamente no conto de Scavone, que, na tradição da melhor FC, transmite um senso de maravilhamento diante do Universo e da vida. Scavone faleceu em 17 de agosto de 2007.

Exercícios de Silêncio
Rubens Scavone foi um dos autores que cativaram Finisia Fideli para a ficção científica. A autora publicou “Exercícios de Silêncio” em 1983, na antologia Conto Paulista, que trouxe os quinze vencedores de um concurso literário promovido pela Editora Escrita de Wladyr Nader.
Influenciada pela FC da golden age (1938 a 1948), especialmente por Clifford D. Simak, Arthur C. Clarke e Isaac Asimov, Fideli insere “Exercícios de Silêncio” no assim chamado “futuro de consenso” típico desse período — um universo povoado por humanos, com pequena presença de alienígenas e com as atividades humanas dotadas de uma qualidade “internacional” que sugere a união da humanidade em um único fim comum: a conquista do universo. É exemplo claro do tipo de ficção científica hard que os americanos chamam de “problem story”, narrativa na qual o herói é colocado em perigo e, para livrar-se do problema, tem de encontrar uma solução científica ou tecnológica. Mas o protagonista de “Exercícios de Silêncio” é um homem do futuro que tem suas convicções positivistas confrontadas por uma sociedade que conscientemente abriu mão da utopia tecnológica. Para chegar à solução do problema, Theo primeiro deve absorver o conhecimento que os estranhos têm a oferecer, e incorporá-lo sem alterar sua própria natureza.
Fideli produziu contos para as revistas Isaac Asimov Magazine e Quark, e para as antologias O Atlântico Tem Duas Margens (Caminho Editorial, 1993), Dinossauria Tropicalia (Edições grd, 1994) e Estranhos Contatos (Caioá Editora, 1998). Como ensaísta, escreveu para as revistas Cult — Revista Brasileira de Cultura e Ciência Hoje.

A Morte do Cometa
O futuro de consenso reaparece neste conto de Jorge Luiz Calife, que foi publicado com o título de “Viagem ao Interior do Halley” na revista Playboy de dezembro de 1985, ano em que Calife surgiu como o mais novo nome da FC brasileira, depois que Arthur C. Clarke atribuiu a ele a inspiração para a seqüência do seu clássico 2001: Uma Odisséia no Espaço. Calife é o autor mais de uma dúzia de contos publicados em revistas e antologias, além da trilogia “Padrões de Contato” (1985-1991). Sua primeira coletânea, As Sereias do Espaço (2001), trouxe uma maioria de histórias inéditas e recebeu o Prêmio Argos 2002 (do Clube de Leitores de Ficção Científica). O autor também vem se dedicando à divulgação científica, com os livros Espaçonaves Tripuladas: Uma História da Conquista do Espaço (2000; escrito com Cláudio Oliveira Egalon e Reginaldo Miranda Júnior), e Como os Astronautas Vão ao Banheiro? E Outras Questões Perdidas no Espaço (2003).
A prosa de Calife e sua abordagem da FC lembra muito às de Clarke — com um texto que é ao mesmo tempo polido e objetivo, lírico e fiel às especulações da ciência. “A Morte do Cometa” pode ser visto como crítica à banalização de tudo o que é cósmico e transcendente, ao projetar para o futuro as atitudes do nosso tempo.

A Mulher Mais Bela do Mundo
Os contos do autor apareceram em revistas tão diversas quanto Playboy, Ciência Hoje, Isaac Asimov Magazine, Dragão Brasil, e Cult — Revista Brasileira de Literatura, e em publicações da Argentina, Canadá, China, Finlândia, França, Grécia, Portugal, República Checa e Rússia. Seu primeiro livro foi publicado em Portugal em 1999, a coletânea A Dança das Sombras (Caminho Editorial), com o melhor de sua produção na década de 1990. Em 1991 foi um dos três classificados no Prêmio Jerônymo Monteiro, o primeiro concurso nacional de contos de ficção científica, com a noveleta “Patrulha para o Desconhecido”. Em 2000 foi um dos vencedores do iii Festival Universitário de Literatura (da revista Livro Aberto e da Xerox do Brasil) com a novela Terra Verde, publicada naquele ano. Em 2001 venceu o 11.º Projeto Nascente (da Universidade de São Paulo e do Grupo Abril de Comunicações), com outra novela de FC, “O Par”. Em 2003 a Editora da Universidade Federal de Minas Gerais publicou o seu livro de não-ficção, Ficção Científica, Fantasia e Horror no Brasil: 1875 a 1950, que recebeu o prêmio da Sociedade Brasileira de Arte Fantástica, um grupo de fãs de FC. Seu primeiro romance, A Corrida do Rinoceronte, uma fantasia contemporânea, foi lançado pela Devir em 2006.
“A Mulher Mais Bela do Mundo” tenta enxergar o tema do primeiro contato sob um prisma terceiro-mundista. Foi primeiro publicado na revista chinesa Science Fiction World, em dezembro de 1997. No ano seguinte foi incluído na antologia Fronteiras, em Portugal. Mais tarde apareceria em publicações da Grécia e Rússia.

A Nuvem
“A Nuvem” representou a estréia literária de Ricardo Teixeira, autor fluminense de origem portuguesa. Foi publicado na antologia Dinossauria Tropicalia (Edições grd, 1994), a segunda antologia temática da FC brasileira.
Teixeira é formado em Letras Português-Latim, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, e trabalha na Ediouro desde 1995. Sem interromper suas funções na famosa editora carioca, passou uma temporada dando aulas em Cabo Verde, África, em 2005 e 2006. Atualmente elabora um livro de contos sobre dragões.
Em “A Nuvem”, a tradição do fantástico brasileiro — melhor representada pelas figuras de Murilo Rubião e José J. Veiga (homenageados no conto) — se funde com rara perfeição à perspectiva da FC, num enredo de encontros entre seres humanos e inteligências alienígenas. A estratégia usada pelos extraterrestres que se acercam de uma cidadezinha interiorana é reproduzir a evolução da vida na Terra, até o seu suposto ápice, na esperança de alcançar um produto final capaz de se comunicar conosco. O recurso remete a situação da novela de Veiga, A Hora dos Ruminantes (1966). Com ironia e inventividade na sugestão de uma linguagem regionalista, Ricardo Teixeira nos dá com este trabalho uma síntese de atitudes que permeiam boa parte da nossa FC — o cenário rural e a descrição de uma vida simples, os modos de narrativa oral do brasileiro, um humor construído em torno de tipos humanos, e a visita do inusitado ao cotidiano.

Sobre o Organizador
Formado em Letras pela FFLCH/USP, Roberto de Sousa Causo é autor do ensaio Ficção Científica, Fantasia e Horror no Brasil: 1875 a 1950 (Editora da UFMG, 2003), considerado texto-referência para o entendimento da FC no Brasil. Com Os Melhores Contos Brasileiros de Ficção Científica (planejado para ser o primeiro de uma série de antologias), ele continua a sua reflexão sobre a história e as características da FC brasileira, fornecendo um ensaio introdutório e as apresentações de cada uma das histórias selecionadas. Isso valoriza a antologia não apenas como uma leitura contextualizada de bons contos, mas também como instrumento de pesquisa e de história literária, apto a interessar o público em geral e os estudantes do ensino médio e superior.